Um dia eu abri os olhos e vi que o mundo era colorido, fiquei fascinado, tudo era muito lindo, as pessoas faziam de tudo para me fazer sorrir, era uma disputa para me pegar no colo e me fazer carinho; eu é claro, achava o Maximo! Mas o mundo foi perdendo a cor, o brilho, rasgando-se como se fosse de papel, pois as pessoas já não me olhavam mais da mesma forma, tive que fazer o que antes as pessoas faziam por mim e fui vivendo em fases, cada uma mais difícil que a outra, tive que aprender a falar, andar, correr; no colégio era praticamente obrigado a passar de ano, e coitado de mim se não passasse, perderia os brinquedos, os privilégios, pois eu tinha que ser o filho exemplar e orgulho do papai e da mamãe, pois se eu fosse aprovado eles iriam contar esse feito histórico para o mundo... Mas o ano voa, e as notas? Han, as notas? Não são aquela maravilha, a única coisa linda nelas são as cores vermelhas em negrito, aí então peço ajuda: aos universitários? Não!!! mas para aquela colinha escrita na mesa, na cadeira, no papel, na mão, enfim ia depender da criatividade naquele momento, mas para isso tinha que chegar cedo para preparar aquele arsenal... rssssss, mas quem nunca colou que atire a primeira borracha? E assim então seguia eu aos trancos e barrancos, mas não via à hora de chegar ao colégio e procurar o meu nome escrito naquela folha branca que ficava colada na parede do corredor do colégio para enfim soltar aquele grito que estava atravessado na minha garganta; e super nervoso procurava daqui, procurava de lá e.... e.... Pronto! acheiiii: PASSEI DE ANO!!! APROVADOOOOOOO!!!
Pois é mas a vida continua... e hoje não sou mais o queridinho da mamãe, não sou mais o queridinho do papai e não sou paparicado por ninguém, mais as provas continuam e quer saber? São muito piores, porque agora sem aquela inocência do passado lutamos pela vida em um mundo que só Deus para ter misericórdia, um mundo que vai de mau a pior e que é até difícil dizer se estaremos vivos amanhã, é tanta violência, tanta falta de amor, que as vezes não acreditamos nem em nos mesmos, as vezes penso coisas que me faz ter medo de mim mesmo, o nosso eu fala mais alto e nos leva a ganância da nossa própria alma, porque o que importará pra mim o meu próximo? Eu quero é saber de mim, não é isso que agente pensa? Sabe de uma coisa, não sabemos amar e infelizmente o consumismo nos tem levado a hipocrisia, por isso que Jesus não teve posses e dizia para os seus discípulos, quando for pregar não leve nada de valor e pregue, se não aceitar a palavra sacode a poeira dos pés e saia do jeito que entrou pois a maior riqueza é aquela que carregamos dentro de nós...
Que possamos enriquecer o nosso espírito com as coisas do alto, ser cheios de Deus e vasinhos de nos mesmos, pois só assim seremos aprovados e viveremos em amor.
No amor do Senhor,
Duka cordeiro
Líder Min. Aktus 29
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